Olá Visitante, seja bem vindo(a)!
ANE » Notícias
Notícias   Notícias
Sobre a Violência no País. (II)
Publicado dia:04/09/2017
Fonte:

Com respeito ao assunto, devo reconhecer que concordo plenamente com a opinião manifestada por um amigo, o Luiz Celson, relativamente ao primeiro artigo que postei.  Ele pontua que a família tem que ser reeducada no âmbito de uma política social a ser adotada pelo estado, em seus três níveis. Ficando o governo central (União) responsável pela formulação, o estadual, pelo acompanhamento e apoio e o Municipal, pela execução. Essa política seria de natureza preventiva e o mesmo se deve dar no que diz respeito à repressão e punição, que, segundo penso, deve ser da competência municipal, com apoio dos demais níveis de governo.

Insisto, também, na idéia de que para se processar uma ampla e profunda reforma neste país, é absolutamente necessário que se promova a discussão de um novo pacto federativo, antes de se fazer qualquer reforma fiscal. E essa reforma deveria privilegiar o objeto maior de uma sociedade, de um povo, de uma nação, de um país: o seu cidadão.

E, para esse fim, nenhuma instituição governamental está mais próxima ou mais umbilicalmente ligada ao cidadão, ao homem, que o Município. É o governo atuando no terra-a-terra, vivenciando o dia-a-dia de seu munícipe, daquele que dá vida à municipalidade: o HOMEM. E, ao focar a sua atenção no homem, na sua formação, o Estado, aí representado pelo Município, estará automaticamente direcionando a sua atenção para a molécula do tecido social: a família.   

O governo central trataria de pesquisar, elucubrar, promover o debate e desenhar modelos de atuação que atendessem às demandas sociais, preocupando-se em definir mecanismos para evitar ou eliminar – no caso de eventual surgimento – zonas de fragilidade social e de desassistência do poder público, de modo a ensejar tendências a desvios de conduta social.

Essas ofertas de serviços públicos destinadas a impedir o surgimento desses vazios das funções do Estado, levando o indivíduo em formação a se sentir desamparado e a optar por uma postura de defesa que o faz regredir à era da barbárie, deveriam ter como foco: a saúde, a educação, o saneamento básico, a assistência psicossocial, o esporte e o lazer.

Se o ser humano, durante a sua formação, for devidamente preparado e acompanhado para garantir-lhe um desenvolvimento físico, psicológico, emocional e moral em um ambiente apropriado que o mantenha permanentemente ocupado em atividades que o eduquem e o ajudem a estruturar uma personalidade civicamente consciente e aceitável, ter-se-á como resultado a formação de uma sociedade composta de homens predispostos a cumprir as leis do país, responsáveis, probos e raramente a demandar a ação de um sistema de segurança, para a proteção dos direitos uns dos outros e à vida de seus semelhantes, sem falar do respeito às regras ambientais.      

Se os elementos do governo tiverem em mente essa dinâmica na qual nasce, cresce e se desenvolve o pequeno germe da violência, que se agiganta à medida em que descobre que se encontra em um terreno fértil, propício para o seu desenvolvimento e alastramento, adubado pela conduta dos dirigentes que emulam o cidadão comum e, até, lhe dão a justificativa desejada, para atender o seu lado hedonístico.

Mas, para atacar esse mal, tomaria emprestado as palavras do Presidente Barack Obama, ao criticar a postura fascista, racista e supremacista de seu sucessor, o Donald Trump, quando do confronto entre pessoas que condenavam o racismo  e a de qualquer ordem. O 
ex-Presidente usou as palavras e a imagem usada por outro libelo da igualdade        e
liberdade, o falecido Nelson Mandela (o Mandiba), que bem o disse: “ninguém nasce odiando ninguém, isto é-lhe ensinado no decorrer de sua vida. Dessa forma, ele pode aprender a amar, também. Esse processo de formação de um novo homem seria com esse fito, ensiná-lo a amar o próximo, a si mesmo, à sua família e  aos seu país, abraçando como princípio o respeito às leis, à moral, à ética e aos bons costumes. 

Tenho certeza que, nesse cenário, dificilmente a violência e o seu corolário a insegurança pública floresceriam e os custos ou investimentos demandados do governo para coibi-las seriam reduzidos ao mínimo, permitindo a reorientação dos recursos gastos na repressão desses males sociais para tarefas mais nobres, mais produtivas e mais construtivas para todos.   

Acadêmico CARLOS ALBERTO RODRIGUES - Cátedra 152



« Voltar

 
ANE
Programação Notícias Fale Conosco
Publicações Galeria de Fotos Cadastre-se
» Jornal da ANE Carta do Presidente Login da Conta
Links Úteis
Central de Atendimento
(21) 3173-8380
» Estatuto
» Regimento
» História
» Missão
» Acadêmicos - Membros Efetivos
» Diretoria Nacional
» Diretoria Regional  
» Comissões Permanentes  
» Conselho Supremo
Todos direitos reservados Desenvolvido por SUED Design