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Sobre a Violência no País (III)
Publicado dia:08/09/2017
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Segundo o que eu li e ouvi dizer em algum lugar, nos países nórdicos, principalmente na Suécia – tenho um amigo que mora lá e poderia confirmar – desde cedo, o Estado assume a responsabilidade por apoiar e ajudar os pais a educar suas crianças. Claro, eles conseguiram atingir um "welfare state" invejável, sendo  estes os termos usados  basicamente para designar o Estado assistencial que garante padrões mínimos de educação, saúde, habitação, renda e seguridade social a todos os cidadãos.
No meu entender, o germe da violência nasce, alimenta-se e se fortalece a partir do medo, da indiferença e do ódio. Quem cria cães e com eles convive, como é o meu caso, dá para aprender que o medo é um fator que desperta a agressividade de um cão, especialmente se alguém ou outro animal que esteja com medo chega perto dele, creio que – embora meu olfato não permita percebê-lo – a adrenalina liberada pelo organismo de uma pessoa ou animal faz o mesmo exalar um cheiro típico e com ela relacionado. Dizem os entendidos que o medo é um dos motores da agressividade e, se alguém dá sinais de medo, isto é, exala o cheiro da adrenalina, a percepção do cão leva-o a acreditar que vai ser atacado e, então, como é melhor prevenir do que remediar, ele ataca primeiro, ´para se defender.
Se esse raciocínio tiver alguma base de verdade, é provável que, no seio da família, ou no ambiente onde se forma uma criança, no caso de a família ser ou estar ausente, ela estará sujeita a ser tratada com indiferença, às vezes com raiva e sentirá, certamente, muito medo. Vale lembrar que nos 5 primeiros anos de vida, a criança está com todo o seu equipamento de aprendizagem em pleno funcionamento e está apta a aprender os idiomas de seu meio ambiente, os movimentos típicos deste e, creio, as emoções providas por esse meio ambiente e ou pela família onde ela começa esses primeiros passos pelo mundo.
Desse modo, se não houver família, nessa fase de nossa existência, será de total importância que alguma estrutura, provavelmente o Estado, promova o preenchimento dos meios para o atendimento dessas demandas de aprendizagem de uma criança. É quando ela irá aprender a amar, odiar, ser sensível ou indiferente, a obedecer ou a desrespeitar normas básicas de convivência consigo mesma e com o próximo.
Acredito ser fundamental, na primeira fase de vida de uma criança, que ela seja ensinada a amar, a obedecer e a seguir regras de convivência social, de comportamento em sociedade, normas e de tolerância e, muito especialmente, que tenha uma assistência alimentar e de saúde que lhe permita ser saudável e apta a usufruir das opções de lazer que lhe forem oferecidas, a ter a oportunidade de descobrir suas potencialidades em termos de práticas esportivas e, também, indispensavelmente, suas tendências e dons artísticos. 
Se essas oportunidades forem dadas a uma criança, na idade apropriada, na fase de sua infância em que o seu ambiente interior, físico e psicológico, estiver preparado e dotado para receber esses ensinamentos, ela, com certeza transformar-se-á, a partir de sua adolescência e em sua fase adulta ou pré-adulta, em um cidadão útil, produtivo e sociável, reconhecedor e cumpridor de seus deveres como cidadão.
Esse direcionamento da formação e da educação dos seres humanos, em uma sociedade, a ser dado pelas família, instituições de uma sociedade organizada, de forma complementar ou supletiva à ação da família e pelo Estado voltado para o seu papel essencial de apoio e assistência social, evitará certamente o surgimento e a disseminação do germe da violência, criando uma sociedade potencialmente criadora e formadora de cidadãos de boa índole e fiéis cumpridores de suas obrigações e de suas funções como membros úteis e produtivos de uma determinada sociedade.
Creio que uma experiência dessa natureza, se fosse desenvolvida em forma de um projeto piloto a ser iniciado em diferentes regiões do país – porque cada região tem seu próprio ambiente sócio-cultural – ela poderia ser, gradualmente, extrapolada e aplicada de modo crescente em todo o país, de forma a eliminar-se aquilo que é chamado de zonas de maior fragilidade social, e onde as ocorrências socialmente indesejáveis teimam em ocorrer e a minar o nosso tecido social.               


Acadêmico CARLOS ALBERTO RODRIGUES - Cátedra 152


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